Nascido no Recife, Geraldinho Magalhães iniciou sua carreira artística na década de 80, organizando festivais e produzindo jingles para eventos locais. Ao longo de sua carreira, trabalhou com diversas bandas de variados estilos por todo país, dentre eles: Lobão, BNegão, Daniela Mercury, Bia Grabois(...) e trouxe para o Brasil bandas internacionais como Living Color (EUA) e Leningrad Cowboys (Finlândia).
Mesmo morando no Rio de Janeiro, há 17 anos, Geraldinho sempre valorizou a música pernambucana, produziu grandes nomes como Alceu Valença, Chico Science & Nação Zumbi, Jorge Cabeleira, Lenine, Mundo Livre S/A, Mombojó, Otto, Silvério Pessoa, e foi um dos idealizadores do projeto Blind Date, grupo formado por Naná Vasconcelos e DJ Dolores, que iniciou suas atividades no festival Quintal PE, onde ele também trabalhou na organização do evento.
Em 1999, fundou com sua esposa, Paola Vieira, a produtora Diversão e Arte, localizada no Rio de Janeiro, onde trabalha como empresário artístico e produtor de eventos, e ela, produtora especializada em cinema e vídeo.
No trabalho audiovisual, produziram vídeos como ‘Justiça’, que foi considerado o melhor filme do Festival de Nyon (Suíça) de 2004, e também premiado pela Anistia Internacional de Melhor Filme no Festival Internacional de Documentários de Copenhagen, na Dinamarca.
Atualmente, a Diversão e Arte agencia as seguintes bandas: Orquestra Imperial, Eletrosamba, Aquarela Carioca, Nina Becker, Lafayette e os Tremendões, Blind Date, Virgínia Rodrigues, Binário, Os Ritmistas, Vulgue Tostoi e Wilson das Neves.
ROCKOUT: Como a música entrou em sua vida?
Geraldinho Magalhães: Sempre fui apaixonado por música, fascinado. Mas de fato entrou na veia quando participava de encontros sobre literatura no espaço Pasárgada (Casa de Manuel Bandeira). Ali conheci gente da música e em pouco tempo era sócio do guitarrista Paulo Rafael (da banda de Alceu Valença) e fazia minhas primeiras produções de shows na cidade.
ROCKOUT: Quando você decidiu trabalhar na área de produção musical?
GM: A partir de (boas) realizações em shows mambembes pela cidade, fui convidado para ser produtor de Alceu Valença (1990) e vi que levava jeito e poderia viver disso.
ROCKOUT: Quais diferenças que você sentiu ao trabalhar com música no Rio de Janeiro assim que se mudou do Recife?
GM: Maior amplitude em tudo, sobretudo mente mais aberta. Essa distância, hoje, diminuiu bastante, sobretudo depois de meados dos anos 90, lá por 95-96, com o advento do Manguebeat, árido-movie (nova geração do cinema pernambucano) etc.
ROCKOUT: Como você compara a cena musical pernambucana dos dias de hoje com a do fim da década de 80/início dos anos 90?
GM: Hoje mais democrática, cabendo tudo e todos. Sem comparação.
ROCKOUT: Sobre as novas bandas daqui, qual (is) você destaca?
GM: Como aí nasce uma banda por segundo, não sei se você fala de 10, 5 anos ou 10, 5 meses atrás pra cá. Minhas favoritas são: Eddie, Mundo Livre SA, Mombojó, os projetos especiais do DJ Dolores. Esse Blind Date com Naná Vasconcelos é muito bom, modéstia a parte, já que sou fundador. Os projetos do Siba (como é que pode ser tão raiz e tão pop ao mesmo tempo!) o com a Fuloresta é ótimo e ele já prepara um novo (que também promete, com tuba e baixo). Gosto das bizarrices também como esse João do Morro e que tais.
<< Vaivém >>
1º disco que comprou: Não lembro. Acho que Donna Summer (era apaixonado por ela)
Uma banda: Rolling Stones
Que disco jogaria no lixo: Qualquer um da Ana Carolina ou do Jorge Vercilo. Não gosto de clichês.
Uma cidade: Rio de Janeiro
Uma pessoa: Minha filha, Alice
Filme Favorito: O Ilusionista (filme holandês dos anos 80)
Uma frase: Tudo é passageiro, menos o cobrador e o motorista
Futebol: Fluminense
Praia de Boa Viagem: Nostalgia e beleza
Praia de Copacabana: Babel e beleza
Por André Maranhão
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário